Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
O Ano de 2024 apresenta-se como decisivo para os Açorianos por existirem 3 eleições que serão de grande importância para o futuro de todos, atendendo a que a estabilidade nos governos, por princípio, contribui para que as atividades económicas se desenvolvam adequadamente e assim, promovam a existência duma sociedade mais justa e equilibrada.
A primeira eleição marcada para o próximo dia 4 de fevereiro, será a regional, cabendo aos Açorianos elegerem os seus representantes na Assembleia Legislativa Regional, donde sairá o Governo dos Açores. Este ato eleitoral é naturalmente muito importante para a região, porque as políticas regionais são fundamentais e insubstituíveis, na coesão económico social das nossas ilhas.
As eleições para a Assembleia da República decorrem a 10 de março e resultam da dissolução dum governo da maioria absoluta. As eleições nacionais também são de grande interesse para a região, nomeadamente, no que se refere à solidificação da Autonomia, que muitas vezes, é afetada por correntes centralistas instaladas em Lisboa, que tendem a prejudicar a coesão nacional.
Por fim, as eleições para o Parlamento Europeu, que acontecem de cinco em cinco anos, decorrerão em todos os Estados-Membros, entre 6 a 9 de junho, e constituirão mais uma oportunidade de escolha dos nossos representantes nesta Instituição, que assume cada vez mais um papel central nas políticas adotadas na União Europeia, onde a Política Agrícola Comum é preponderante no fortalecimento da economia regional. Neste caso, aguardamos que os Açores tenham deputados no Parlamento Europeu, que por várias razões, não aconteceu no mandato que terminará, o que foi nefasto para a consolidação do projeto europeu junto dos Açorianos.
Os atos eleitorais mencionados serão marcantes no ano de 2024 e terão consequências nas políticas a implementar na região, nomeadamente, no setor agrícola, onde são precisas medidas capazes de colmatar os grandes problemas existentes, sejam eles, estruturais ou conjunturais.
O setor agrícola necessita de particular atenção pelo poder político porque não é possível que os elevados custos de produção existentes, resultantes da instabilidade dos mercados das matérias primas, da inflação, do aumento do preço dos transportes, da energia, dos combustíveis ou das taxas de juro, não sejam compensados pelas receitas, nomeadamente, na fileira do leite, onde as descidas do preço em 2023 originou perdas de cerca de 30 milhões de euros para a produção.
É fundamental que a abstenção seja cada vez menor pelo que, se apela à participação de todos, nos próximos atos eleitorais, para que daí, possam ser criadas as condições que permitam o fortalecimento do setor agrícola, e no caso da fileira do leite, seja implementado um pacto de regime entre a produção, a indústria, a distribuição e o governo, que permita assegurar um rendimento digno e justo aos produtores de leite.
Jorge Alberto Serpa da Costa Rita