Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
A recente intenção do Reitor da Universidade de Coimbra de retirar da ementa das cantinas universitárias, a carne de vaca, numa atitude que é discriminatória, radical e contra a produção agrícola nacional, insere-se numa tendência intelectual existente populista, onde se promove a difusão de correntes de opinião que tendem a desvirtuar a realidade dos factos.
Este tipo de ações, contribui para a desinformação da sociedade, sendo uma atitude precipitada e fora do contexto, não contribuindo em nada, para a neutralidade carbónica que a União Europeia pretende atingir em 2050, no âmbito do plano que visa contrariar as alterações climáticas.
Sabendo que a Universidade de Coimbra é a mais antiga do país, não é compreensível nem aceitável, pretender-se tomar uma medida com estas características, que vai contra as politicas que têm sido seguidas pela União Europeia, onde têm sido adotadas ações protetoras do ambiente, que os agricultores têm vindo a cumprir integralmente, revelando desta forma, um desconhecimento injustificável da realidade da Agricultura Portuguesa e em particular, da Agropecuária que é praticada na região, onde existe uma ligação perfeita entre animais e ambiente.
Os agricultores sabem das exigências que são obrigados a seguir, onde a legislação é cada vez mais apertada e por vezes difícil de cumprir, originando alterações significativas na gestão das explorações, levando os agricultores a terem de investir constantemente, para poderem ser competitivos e respeitarem as imposições de bem estar animal ou de ambiente provenientes, principalmente da União Europeia.
As prioridades do combate à emissão de gases para a atmosfera não podem ser desvirtuadas, porque como é óbvio, as emissões resultantes das consequências do mundo moderno são muito superiores às do mundo rural, porque ninguém pode acreditar que uma cidade, onde a poluição com origem nos combustíveis fósseis, como o petróleo, é por vezes, assustadora, pode sequer ser comparada com o equilíbrio natural existente com as vacas em pastoreio, como é o caso dos Açores.
É preciso bom senso nas medidas a tomar que pretendam contribuir para contrariar as alterações climáticas, porque o ambiente é de todos e não só de alguns, e não há ninguém que respeite mais o ambiente do que os agricultores, uma vez que vivem e dependem diretamente dele.