A Agricultura na região atravessa um período difícil e exigente, nomeadamente os produtores de leite, que devido ao baixo preço pago pelas indústrias, vêm a rentabilidade das suas explorações baixarem drasticamente, pondo mesmo em causa, a sobrevivência de muitas delas.

Esta realidade é sentida por todos, mas os agricultores, são resilientes e resistentes às crises sistemáticas que ocorrem no setor, sendo capazes de reagir perante as adversidades duma forma extraordinária, acreditando sempre na atividade que desenvolvem, porque a agricultura, continua e continuará a ser a força principal da economia dos Açores.

Esta capacidade de lutar e de acreditar no futuro esteve bem presente na Feira Agrícola Açores 2017 que decorreu em São Miguel, no passado mês de Junho, atendendo à participação expressiva dos agricultores durante o evento, que mais uma vez, demonstrou a força do setor.

 Mas para que exista futuro na agricultura, são necessárias Instituições fortes e profissionais, capazes de reivindicar pelos seus associados duma forma séria e coerente, porque só com uma postura credível, como a que a Associação Agrícola de São Miguel tem tido, é que poderão ser alcançados resultados satisfatórios junto do poder politico, das entidades públicas, privadas e cooperativas.

No próximo dia 14 de Julho, realiza-se o ato eleitoral da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, que será mais um momento de grande importância na história destas duas instituições de referência do movimento associativo e cooperativo regional e nacional.

Embora todos constatem a evolução que se tem registado nestas instituições, a sua génese de reivindicar pelos rendimentos dos associados continua a ser a principal orientação dos órgãos sociais, mas para que tal aconteça, os associados devem participar duma forma entusiasta e interessar-se cada vez mais no rumo e nas decisões que são tomadas, pelo que, devem deslocar-se a Santana e exercerem o seu direito de voto.

Todos sabemos que, o sucesso da Agricultura Açoriana passará sempre pela existência de organizações de produtores fortes.