Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Ministro da Agricultura disse aos agricultores que assistiram ao Encontro - Diálogo com Phil Hogan, que o POSEI não é um problema regional, mas sim um problema nacional e que há unanimidade que no contexto financeiro atual é legítimo reivindicar a manutenção do nível de apoio.
O Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, começou por lembrar que o Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento rural, Phil Hogan, se tem mostrado "permanentemente disponível" para ouvir as propostas de Portugal e "para nos dar algumas propostas solidárias como aconteceu na recente crise do leite", e contribuiu também para a abertura dos mercados exteriores da União Europeia "que muito contribuíram para a elevação dos preços pagos ao produtor". Capoulas Santos fez questão de mostrar a Phil Hogan que tem no Governo da República um aliado "no sentido de melhorar as propostas da Política Agrícola Comum para a agricultura europeia e para a agricultura portuguesa".
Capoulas Santos salientou que na proposta apresentada pela Comissão Europeia para a reforma da PAC há duas questões a ter em conta: a orçamental e a de regulação daquela política, e é sobre estas duas frentes que se seguirão as negociações.
O Ministro da Agricultura diz compreender a posição de Phil Hogan, no entanto, que o Governo Português "não está de acordo" que a Política Agrícola Comum "sofra com o Brexit", porque apesar do orçamento global da União Europeia aumentar, a PAC sofre uma severa redução. É que no primeiro pilar "o orçamento é benéfico para Portugal continental, porque aumentamos cerca de 4% comparativamente com o quadro anterior, mas no desenvolvimento rural- 2.º pilar, a Comissão atribuiu um corte de 15% por igual a todos os Estados-Membros, que na aparência é uma proposta justa mas que na prática não é tão justa assim, porque os países não são iguais. O corte é proporcionalmente diferente para Portugal", referiu.
Apesar de garantir que o modelo da PAC proposto "é um modelo que Portugal globalmente apoia ainda que haja muitos detalhes por decidir", Capoulas Santos destaca que o POSEI "não é um problema regional, é nacional e há unanimidade que no contexto financeiro é legítimo reivindicar a manutenção do nível de apoio". Assim como garantiu ser "legítimo garantir a manutenção do nível de apoio ao desenvolvimento rural onde passam os investimentos nas explorações e na agro-indústria, onde ainda temos tanto por fazer para continuar a trajetória de crescimento que a agricultura portuguesa tem percorrido e a dos Açores em particular".
Capoulas Santos faz questão de lembrar as várias visitas que tem feito aos Açores, nomeadamente na altura em que foi eurodeputado. Lembrando que aquando de visitas de outros eurodeputados aos Açores "esperavam encontrar uma região pobre, suja, maltratada. E quando viam a qualidade, a limpeza, o trato das pessoas, chegavam à conclusão que estavam numa região desenvolvida". E esse desenvolvimento acontece "graças à agricultura e graças aos apoios que a União Europeia tem dado à agricultura. Queremos continuar esta senda de progresso e estou certo que o senhor Comissário levará uma visão mais correta desta realidade e encontrará disponibilidade para, em conjunto, encontramos soluções que são a nossa principal preocupação neste momento", concluiu Capoulas Santos.