Nos últimos 30 anos, a produção mundial de leite tem registado grandes melhorias em várias áreas, desde a nutrição, reprodução, instalações e conforto animal, o que levou a um aumento na produção e eficiência por vaca.

Os próximos 30 anos vão ser definidos pelas melhorias de produção relacionadas com a seleção genética.  Com o surgimento da tecnologia genómica em 2009, há possibilidade para os produtores de leite selecionarem vacas mais produtivas, saudáveis e eficientes. Esta tecnologia vai ser responsável pela melhoria da performance das vacas leiteiras no futuro.

Mais do que nunca, a genética é um investimento para o produtor de leite moderno.

Um investimento em genética de alta qualidade é uma pequena percentagem do custo total de criar uma novilha. O custo de criar novilhas de baixo valor genético ou de alto valor genético é o mesmo. Hoje em dia existem índices genéticos disponíveis para ajudar os produtores de leite a selecionarem touros de acordo com o melhor valor económico futuro, ou seja, a melhor forma de rentabilizar o seu investimento em sémen.

Muitos produtores já estão familiarizados com o índice total de performance (TPI) calculado pela Holstein Association USA. Este é um índice calculado com base em 46% para caracteres de produção, 28% para saúde e 26% para o tipo. Produtores interessados em criar animais equilibrados com boas características de tipo aumentam a sua produção e tem melhorias na longevidade e fertilidade, usando o TPI como índice de seleção.

O touro provado nº1 para TPI hoje é o 14HO7770 HELIX, com +2811 TPI.  O Helix tem vários descendentes testados geneticamente com um índice de TPI elevado incluindo 14HO7923 DOCTOR com +2839 TPI. A World Wide Sires lidera a indústria com 39 touros no top 100 da tabela de TPI.

Atualmente está a ser usado um novo índice, chamado de Dairy Wellness Profit $ (DWP$). Este índice foi desenvolvido pela Zoetis depois de um extenso programa de testes genómicos realizado pela Clarifide Plus, este programa inclui a avaliação de 6 características de bem-estar (Mamites, Cetose, deslocação de abomaso, retenção de placenta, laminites e ainda o bem-estar da vitela).

 DWP$ é um índice económico que tem o objetivo de melhorar o lucro das explorações dando enfase às características de bem-estar. Este índice é calculado usando percentagens de 32% para a caracteres de produção, 25% para saúde e fertilidade, 10% para tipo, 25% para o bem-estar da vaca e 8% para o bem-estar da vitela. Produtores interessados em criar vacas mais saudáveis com maior fertilidade e mantendo altos níveis de produção podem utilizar o índice DWP$ como critério de seleção. O melhor touro da raça Holstein de acordo com este índice é 7HO12788 FRAZZLED com +$1159 DWP$. Este touro também tem vários descendentes no programa da WWS, incluindo 14HO14129 BASIC, com a classificação de $1048 for DWP$. 

Vida produtiva (PL) é outro índice usado como ferramenta na escolha de rentabilidade e eficiência durante a vida da vaca.  Este índice mede a capacidade que a vaca tem para resistir ao refugo. Neste índice são atribuídos a cada vaca créditos durante os primeiros 10 meses de lactação. Este método recompensa vacas que são capazes de ficar gestantes rapidamente após o parto e que deste modo tem uma maior produção durante a sua vida. Assim sendo, estima-se que um touro com uma pontuação de 5.0 no índice de PL, será capaz de melhorar a vida produtiva por 5 meses, o equivalente a meia lactação. Um exemplo de um touro com um alto PL é 7HO12798 HOUSE at +5.9 PL.

A genética nunca foi tão relevante para os produtores de leite como é hoje em dia. A World Wide Sires continua a esforçar-se para proporcionar touros com uma grande variedade de objetivos de seleção mantendo a eficiência e a produtividade.

Selecionar leite, uberes, pés e pernas ainda é importante, mas usando as novas características de bem-estar e os índices genéticos pode ajudar os produtores a selecionar e criar vacas com maior eficiência.

O produtor de leite hoje em dia tem interesse em criar vacas com lactações lucrativas, resultando numa maior produção durante a vida de uma vaca, e assim sendo numa maior rentabilidade para a exploração.

Com o aumento da longevidade das vacas leiteiras podemos utilizar menos alimento, menos terra e menos água por litro de leite produzido, reduzindo assim a pegada de carbono.

Tony Evangelo