Jorge Rita foi considerado pelo jornal Correio Económico 4º - pessoa com influência nos Açores | Agricultor 2000


Jorge Alberto Serpa da Costa Rita tem 60 anos, é natural da freguesia da Maia, Concelho de R. Grande, é casado e tem duas filhas.

Possui o Curso Complementar de Contabilidade e Administração.

Está desde sempre ligado à agricultura, onde tem uma exploração agrícola com a sua família, e entre 1983 a 1999 foi funcionário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo dos Açores.

Iniciou a sua ligação ao sector associativo em 1999, onde foi Vice-presidente da Direcção da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, CRL, até Agosto de 2002.

Em 2002 é eleito Presidente da Direcção da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, CRL, cargo que vem desempenhado desde aquela data. Em 2008 é eleito Presidente da Direcção da Federação Agrícola dos Açores, função que vem desempenhando até à presente data, e que ocupou também entre 2002 até Maio de 2004.

É Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Criadores da Raça Frísia desde Abril de 2003, Vogal da Direcção da Confederação dos Agricultores de Portugal desde Maio de 2005 e Presidente da Assembleia Geral da Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural (ASDEPR) desde Janeiro de 2008. Em Abril de 2013 foi eleito Presidente da Assembleia Geral da Associação Nacional de Engordadores de Bovinos.

O seu trabalho na defesa do sector agrícola tem sido reconhecido e elogiado pelos empresários da fileira do sector e pelos sucessivos governos, com quem tem sabido manter um diálogo permanente, sem confronto, mas expressando sempre publicamente, e em nome dos Associados que representa, as discordâncias sobre certas medidas políticas que entenda lesivas dos interesses da produção e dos produtores da agropecuária. Ao longo dos anos tem sabido dialogar com firmeza e determinação com a indústria, que acusa de pagar o preço do leite ao produtor mais baixo da Europa, com a banca, e com as instâncias nacionais e internacionais ligadas ao sector, o que faz dele um interlocutor respeitado e considerado.

Jorge Rita usa um discurso directo, crítico quando é preciso, mas sempre com o objectivo de defender os interessas dos lavradores e do sector agrícola em geral, sector que serviu de amortecedor à crise económica que assolou também a economia dos Açores em 2008, e que levou a uma grande contracção do sector da construção civil, que perdeu 12.000 postos de trabalho. Em 2014, com o fim do regime das quotas leiteiras, o sector perdeu competitividade, onde muitos lavradores foram para a reforma, outros abandonaram a actividade, num momento crítico para o sector, onde países emergentes na Europa, como a Polónia e a Republica Checa, com explorações de grandes dimensões, produzem grandes quantidades de leite.

Em 2015, com a abertura do espaço aéreo, o sector do turismo começou a crescer, e a alavancar o próprio sector agrícola e os lacticínios, realidade que não foi suficiente para inverter a tendência de perda de rendimento dos agricultores.

A sua experiência de dirigente associativo e de empresário tem sido fundamental para encurtar distâncias. Jorge Rita está associado às profundas alterações estruturais que se têm verificado nos sectores agrícola Açoriano que representa uma quota de 33% do total da produção de leite a nível nacional, com um efectivo bovino que representa 5% do país. Estes números são ainda reforçados se tivermos em atenção que os Açores produzem 50% do total do queijo produzido em Portugal.

Jorge Rita tem defendido a transferência da produção de leite para a produção de carne, onde a procura de carne dos Açores vinha sendo até aqui muito superior à oferta, principalmente no mercado nacional. Enquanto gestor tem imprimido uma dinâmica empresarial forte à Associação Agrícola e à Cooperativa a ela associada procurando, com êxito, uma gestão participativa entre todos os colaboradores e associados daquelas estruturas associativas.

Muito sociável, leal, e amigo do seu amigo, um comunicador nato e sempre pronto para o diálogo, tem conseguido ultrapassar barreiras negociais muito difíceis, num sector que está perante uma nova crise, desta feita de raíz estrutural, de repercussões inimagináveis como a que estamos a passar com a Covit-19, e que poderá por em causa a própria economia global.

Como hóbi, o futebol tinha um lugar principal, e se hoje já não pratica, mantém o apoio ao seu clube de sempre, o Benfica. Aos fins-de-semana gosta de visitar a sua exploração agrícola.

Jorge Rita ficará indissociavelmente ligado ao sector agrícola da Região, e a sua influência advém dos vários anos que o vem representando em termos associativos, do respeito que conquistou perante o poder político, junto dos parceiros sociais, mas acima de tudo dos lavradores, que o apoiam. Por todas estas razões consideramos Jorge Rita como uma das pessoas com influência na Região.

Uma iniciativa do Correio Económico