Serviço de qualidade do leite | Informações Técnicas


Uma opinião consensual entre os agricultores é de que as mamites são a principal causa da redução da quantidade, da qualidade e do preço pago do leite entregue na indústria.

Em artigos anteriores já foram descritos o impacto económico, os factores predisponentes para a sua ocorrência bem como as medidas de maneio e higiene para as evitar.

Ao longo dos últimos anos o leite tem sido pago de acordo com as taxas de gordura e proteína, contagem de microrganismos totais (MTC) e concentração das células somáticas (CCS). Produtores com CCS médias inferiores a 400 000 têm sido premiados com pontos que se traduzem em mais dinheiro.

Entretanto, por exigência da comunidade europeia, as regras vão mudar a partir de 1 de Janeiro de 2015, o que vai exigir dos agricultores um enorme esforço, no sentido de poderem continuar a entregar leite nas fábricas. A partir desta data só é possível entregar leite nas industrias com CCS médias inferior ás 400 000.

Esta situação certamente irá causar algum alarme nos produtores, sobretudo naqueles que repetidamente produzem leite acima destes parâmetros. Esta situação inequivocamente vai exigir um esforço redobrado de todos os agentes envolvidos na fileira do leite (serviços do desenvolvimento agrário, produtores, associações agrícolas e industrias de lacticínios).

Foi neste contexto que a AASM e CUA, no sentido de minimizar o impacto e as dificuldades que irão ocorrer, criou um novo serviço que tem por base trabalhar a Higiene e Qualidade do leite.

Este serviço beneficia de uma forte interacção entre serviços do contraste leiteiro e assistência médico veterinária, potenciando os recursos e conhecimento de ambos. Neste contexto foi criado um laboratório onde se trabalha apenas o leite no âmbito da sua higiene e qualidade.

 

Aos agricultores podem ser fornecidos frascos de recolha (sempre esterilizados) para estes, caso julgarem conveniente, fazerem as colheitas (mas sempre depois de um técnico do contraste ou veterinário fazer a demonstração, para evitar contaminação das amostras).

As amostras têm de ser sempre identificadas com o nome do proprietário, o numero ou nome do animal e o teto ou tetos dos quais foram retiradas as amostras e entregues no serviço de contraste leiteiro.

Os resultados estarão disponíveis no serviço de contraste leiteiro em média depois de 3 dias úteis.

Apelamos aos agricultores em geral, e em particular aqueles que repetidamente tem tido problemas de CCS elevadas, a utilizarem os benefícios deste serviço, sob pena de em 2015 a situação tornar-se dramática.