Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Nos dias atuais, um problema que afeta significativamente as explorações leiteiras são as complicações do parto. Novilhas e vacas que passam por um parto difícil, regra geral tendem a ter complicações de saúde, fertilidade e consequentemente quebras bastante acentuadas de produção na lactação.
Para além do referido anteriormente, em algumas situações ocorre a morte do vitelo e/ou da própria vaca, a dificuldade de parto é uma das principais causas de nados mortos. Assim sendo, deve-se dar particular atenção a esta característica quando se efetua programa de seleção genética.
Desde 1978 que a informação da avaliação genética dos touros para a facilidade de parto está disponível (Figura 1). Esta mede a tendência de um touro gerar vitelos maiores ou menores do que a média da raça, e calcula-se através dos dados de registo do tipo de parto, que são fornecidos pelos produtores à National Association of Animal Breeders (NAAB). Anualmente são reportados aproximadamente 1,2 milhões de registos de dados de partos.
A classificação relativa á facilidade de parto é efetuada usando uma escala representada na tabela 1.
De acordo com a escala anterior podemos dividir os partos em 2 categorias:
- 1, 2 e 3 indicam partos relativamente fáceis.
- 4 e 5 indicam partos difíceis
Em agosto de 2020 o sistema que define a facilidade de parto foi alterado, em vez de definir como média da população 8.0, neste novo sistema os touros são avaliados, para este caracter entre 1% e 4%, em que o valor de 2.2 é considerado valor médio.
Assim sendo, valores abaixo de 2.2 são os desejados pois estima-se que os partos sejam mais fáceis.
De acordo com estas informações, o conhecimento da informação genética de um touro, para a facilidade de parto, tem como principal utilidade a seleção dos touros a evitar utilizar nos cruzamentos com as novilhas, uma vez que os partos difíceis são muito mais comuns em novilhas de primeiro parto do que em vacas mais velhas.
Eng. Henrique Moniz Lourenço