Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Os nutrientes minerais compõem apenas cerca de 5% do corpo de um animal, contribuem em grande parte na formação do esqueleto (80 - 85%) e compõem a estrutura dos músculos, sendo indispensáveis ao bom funcionamento do organismo, nomeadamente no crescimento, desenvolvimento, imunidade e reprodução. Os desequilíbrios dos minerais na dieta animal podem ocorrer tanto pela deficiência como pelo excesso.
Em função da quantidade em que são requeridos pelos animais, os elementos minerais de interesse na nutrição animal são classificados em macro e micronutrientes (Tabela 1). Os macronutrientes são requeridos em maiores quantidades, ou seja, mais de 100 ppm (partes por milhão) na dieta, e os micronutrientes em menos de 100 ppm. Ressalte-se que o conceito de macro e micronutrientes não está relacionado à importância e sim à quantidade, sendo todos igualmente essenciais, independente da quantidade exigida.
Sintomas da deficiência mineral
Como se trata de um grande número de elementos que desempenham as mais variadas e complexas funções no organismo, os sintomas causados pelos desequilíbrios minerais da dieta não são específicos. Esses sintomas podem ser confundidos com aqueles causados por deficiência de energia e proteína ou por problemas de saúde.
Os principais sintomas gerais que indicam a ocorrência de deficiências minerais no rebanho são:
1 - Apetite depravado
O apetite depravado caracteriza-se pelo hábito dos animais ingerirem materiais estranhos, tais como: terra, casca de árvore, madeira, plástico e ossos. Geralmente é causado pela deficiência de fósforo (P) e cobalto (Co), entretanto, o cálcio (Ca), o cobre (Cu) e o iodo (I) também provocam este sintoma.
2 - Redução do apetite
Mesmo em pastagens com plena disponibilidade de forragem e de boa qualidade, os animais apresentam baixo consumo, vazio profundo e baixo score de condição corporal.
É comum a falta de apetite em bovinos ocorrer principalmente por deficiência de cobalto (Co) e por altas infestações parasitárias (vermes). Deficiências de cálcio (Ca), fósforo (P), cobre (Cu), zinco (Zn) e iodo (I) também podem provocar falta de apetite. Esse sintoma é facilmente observado quando os animais, mesmo com elevada disponibilidade de forragem, ficam magros, apresentando baixo consumo da forragem.
3 - Baixo crescimento, perda de peso e problemas de pele e pelo
Crescimento retardado, emagrecimento progressivo e distúrbios da pele (ressecamento e descamação) e do pelo (despigmentação e perda de pelo, figura 1), são também sintomas bastante comuns em condições de deficiência mineral. Os dois primeiros sintomas podem ser causados pela carência de vários nutrientes minerais (cálcio - Ca, fósforo - P, cobalto - Co, cobre - Cu, zinco - Zn, manganês - Mn, enxofre - S, iodo - I e selênio - Se), enquanto o último é causado principalmente pela deficiência de cobre (Cu) e zinco (Zn). Entretanto, animais com carência de cálcio (Ca), fósforo (P), cobalto (Co) e iodo (I) também mostram distúrbios de pele. Na verdade, os animais quando carentes de todos esses elementos mostram um conjunto de sintomas, ou seja: aspecto fraco e doentio,
pelo arrepiado e sem brilho e deformações ósseas, principalmente da articulação escápulo-umeral e adjacências (região da pá), além de pouca resistência às doenças.
4 - Redução da produção de leite e da fertilidade e distúrbios metabólicos
A redução da produção de leite e da fertilidade, apesar de poderem ser causadas pelas deficiências de cálcio (Ca), cobre (Cu), cobalto (Co), zinco (Zn) e iodo (I), têm como principal fator predisponente a carência de fósforo (P). Esses sintomas são observados principalmente em vacas de segunda lactação ou mais. Rebanhos com carências minerais apresentam uma reduzida fertilidade das vacas, em face da ocorrência de cios irregulares ou ausentes, aborto e retenção placentária.
Os distúrbios neuromusculares (dos nervos e músculos), por sua vez, geralmente são causados pela deficiência de cálcio (Ca), selénio (Se) e magnésio (Mg) e ocorrem principalmente em vacas velhas de alta produção leiteira. Existem sintomas que são bastante específicos de um determinado nutriente mineral. É o caso da papeira (hipertrofia da glândula tiróide que fica no pescoço do animal), característica do distúrbio chamado bócio, devido à carência de iodo.
5 - Anomalia dos ossos/Fracturas
Os ossos longos se tornam curvos e as extremidades dilatadas e, podem se tornar porosos e quebradiços. Frequentemente ocorrem fraturas ósseas, sobretudo quando os animais são manipulados, evidenciando fraqueza do esqueleto.
Soluções de suplementação específicas - Nutriblock
Para suprir as necessidades em macro e micro nutrientes, a Nutriblock apresenta soluções de suplementação mineral, enriquecidas com melaço para melhorar a palatabilidade e garantir a ingestão dos nutrientes em falta pelos animais, adaptando a formulação para cada categoria animal e época do ano.
O balde mineral ACTIMILK 20 Kgs está indicado para vacas em lactação, suprindo as necessidades dos principais nutrientes minerais durante todo o período produtivo, melhorando a capacidade digestiva das forragens e favorecendo o seu consumo; tem ação estabilizadora da acidez no rúmen, ativando a flora ruminal evitando acidoses; melhora a fertilidade e a saúde do animal; aumenta a produção leiteira e favorece a absorção dos nutrientes.
O balde mineral SELEX-FORT 20 Kgs está indicado para animais em crescimento (vitelas após o desmame e novilhas) e animais na fase reprodutiva (novilhas e vacas). Fornece os nutrientes essenciais ao crescimento e formação óssea e muscular, promovendo um bom desenvolvimento e manutenção do bom funcionamento do organismo e preparação para a fase reprodutiva e produtiva.
O balde mineral RUMIFORT 30 20 Kgs fornece, além de minerais e vitaminas, proteína na forma ureica e está indicado para suplementar animais durante o período seco do ano, em pastagens fibrosas e pobres em proteína ou em dietas pobres em proteína e ricas hidratos de carbono/fibras. Melhora a microflora ruminal ajudando na síntese de proteína e na degradação mais eficiente da fibra forrageira.
Eng.ª Sofia Lopes