Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Em 7 de Dezembro de cada ano civil, os apicultores católicos de todo o mundo comemorarão o aniversario da morte do grande Santo Ambrósio, patrono dos apicultores. Promovido pela CASERMEL decorreu no dia 07 de dezembro do corrente ano um jantar convívio que juntou mais de meia centena de apicultores e aficionados pela apicultura, onde as iguarias partilhadas, continham o mel como elemento agregador.
O arquipélago dos Açores é formado por nove ilhas caracterizadas por apresentar uma vegetação diversificada, com a ocorrência de espécies endémicas, nativas e exóticas. Essas espécies botânicas proporcionam uma produção de néctares e de pólen apícola de alta qualidade e específica da nossa região.
No arquipélago dos Açores as atividades apícolas tiveram início no século XVI como fonte de renda complementar das famílias produtoras açorianas, com importância social, económica e ecológica. As ilhas apresentam condições favoráveis ao desenvolvimento da Apicultura, das quais se podem destacar: o clima, a elevada diversidade da flora apícola e a ausência de doenças graves, assim como a suas características insulares, arquipelágicas e o seu afastamento dos continentes mais próximos.
Não sendo de todo mensurável, mas salientado nas maiores economias mundiais como sendo a maior riqueza produzida em cada nação, é sem sombra de duvidas a ação natural de visita da abelha nas flores na sua coleta diária e incessante de alimento, o maior beneficio que este inseto presta à vida humana. Este processo denomina-se polinização.
Que é a polinização?
A polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes e a reprodução de diversas plantas, sendo um dos principais mecanismos de manutenção e promoção da biodiversidade na Terra.
Através da transferência do pólen (gameta masculino) da estrutura reprodutiva masculina de uma flor (antera) para a estrutura reprodutiva feminina (estigma) da mesma flor ou de outras flores da mesma espécie. Dessa forma, o gameta masculino alcança o gameta feminino (óvulo) e o fecunda. Este processo permite a formação de frutos e sementes que, futuramente, produzirão uma nova planta.
Para que esta ocorra, entram em ação os agentes polinizadores, insetos (abelhas, vespas, borboletas), pássaros, pequenos mamíferos e morcegos são os responsáveis pela transferência do pólen entre as flores.
Porém, é a nossa amiga ABELHA o agentes mais adaptados e especialista nesta tarefa, traduzindo assim uma maior eficiência no processo de polinização. Através da sua fixação em seguir uma rota de flores da mesma espécie, vem assim criar neste ser polinizador aquele que promove a denominada polinização dedicada (entre flores da mesma espécie) e que em média uma abelha visita 40 mil flores por dia.
Devemos parar e refletir que na Europa há quatro mil variedades de vegetais que só existem graças à polinização e que atualmente, das 100 espécies de culturas agrícolas do mundo, mais de 70 são polinizadas por abelhas. Não deverá este pequeno ser, merecer da nossa parte de um pouco mais da nossa atenção?
Graças ao seu trabalho de coleta de pólen e néctar, voando de flor em flor, as abelhas para além desta maior valia que nos deixam, são ainda coletoras insaciáveis. Ou seja, coletam para além das necessidades de alimentação própria, deixando armazenados nos seus favos o excedente do seu árduo trabalho.
Com uma duração de vida curta (em média uma abelha dura entre 30 a 45 dias após o seu nascimento). Esta trabalha arduamente com o objetivo único de criar condições para a salvaguarda e continuidade da sua espécie. Mel, Pólen, Própolis, Cera, Geleia Real, Apitoxina, Rainhas e Novos Enxames, são os produtos diretos que através de um bom maneio, o apicultor poderá extrair de uma colónia, sem que a mesma deixe de poder a exercer a sua função no planeta.
Paulo medeiros
Casermel