Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Nos últimos anos, a lavoura micaelense tem sido confrontada com a necessidade em reduzir os custos com alimentação devido a uma crescente instabilidade do preço do leite. A preocupação do lavrador micaelense em maximizar as suas produções de forragem ao menor custo possível tem sido imperativo e notório aquando da preparação da cama de sementeira, nas escolhas das variedades de milho e fertilizantes, assim como em todos os outros factores que intervêm no crescimento e desenvolvimento desta cultura.
A Cooperativa União Agrícola, em parceria com as Cooperativas Agrícolas Costa Norte, Santo Antão, Agrocapelense e com a Agrocoração, promoveu na sede das respectivas, durante a segunda semana do mês de Março, colóquios sobre a cultura do milho forrageiro, com o intuito de promover novas variedades de milho Dekalb e informar a lavoura sobre as tecnologias inovadoras de sementeira que estão a ser desenvolvidas na Europa pela Dekalb. Estes temas foram desenvolvidos pelos oradores convidados, técnicos da Dekalb - Eng.º José Luís Amaro, Eng.ª Sílvia Benquerença e Eng.º Manuel Ferreira. Para além dos temas referidos anteriormente, achou-se oportuno abordar os temas nutrição e fertilização do milho dado a importância que os adubos têm no sucesso e na conta de cultura, cujo o seu peso representa a maior fatia de capital investido nesta sementeira, tendo sido estes temas desenvolvidos pelos técnicos da adubeira Deiba, Eng.º Tiago Duarte e Eng.º Lisandra Parreira.
A apresentação das novas variedades Dekalb resulta de um trabalho de selecção realizado pela Cooperativa União Agrícola e pela Dekalb, em que se realiza todos os anos campos de ensaio em diferentes zonas da ilha de São Miguel. Nestes campos são testadas as novas variedades ao lado das variedades que já são comercializadas utilizando multicritérios de avaliação essenciais à definição de uma boa variedade para forragem. Para além da avaliação quantitativa, é realizado a colheita de uma amostra de cada uma das variedades aquando do ensilamento, com sentido de avaliar qualitativamente cada uma das variedades recorrendo às análises físico-químicas.
De forma que durante os últimos dois anos foi decisivo para que fosse afirmado, com segurança, a entrada nesta campanha de algumas variedades que se apresentaram de alto rendimento produtivo e de elevado valor nutritivo. Assim sendo, para além das variedades já conhecidas pelos nossos lavradores - Dkc 6040, Dkc 6340, entre outras - a lavoura poderá encontrar este ano no mercado as seguintes:
O DKC 6777, FAO 600, que tem apresentado, durante os 2 anos de ensaios em S. Miguel, resultados excelentes com plantas de porte alto e excelente maçaroca. Resistente ao vento devido à grande flexibilidade do caule e ideal para zonas baixas/temporãs;
O DKC 5741, FAO 500 curto, sinónimo de maçarocas cilíndricas, longas e pesadas com elevado número de filas, apresenta um pequeno ângulo entre as folhas e o caule. Bom stay-green com folhas de cor verde escura. Adaptado a altas densidades de sementeira;
O DKC 5144, FAO 400, grande aposta nos ciclos FAO 400. Este hibrido para além das excelentes produções que alcança, muito próximas dos ciclos mais longos, tem uma planta extraordinária com muito vigor e folhas largas. Maçaroca muito boa com um grande número de grãos e filas;
O DKC 4621, FAO 300, com uma excelente relação ente produtividade e antecipação de colheita. Apresenta um vigor inicial muito bom para ocorra uma instalação rápida da cultura em todas as situações.