Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
O Agricultor
Pode haver quem reine sobre a terra e o mar
Nobre e altivo na sua forma de estar
Tal é o soldado que cavalga e com orgulho defende
Ou o marinheiro que navega em mares que não entende
Mas isso ou aquilo, ou tudo que foi, ou possa vir a ser
É o agricultor que lhes dá de comer
O escritor pensa
O poeta canta
O artesão fabrica maravilhas que nos espanta
O médico cura
O advogado defende
O mineiro procura o ouro que lhe rende
Mas é o agricultor que lhes dá de comer
O comerciante pode vender e comprar
O professor pode habilmente ensinar
E os homens deambular por entre dias atarefados
Ou vagar com a graça dos mais relaxados
Não importa, tanto rei como pedinte
Mas isso ou aquilo, ou tudo o que foi, ou possa vir a ser
É o agricultor que lhes dá de comer
A profissão de agricultor é de alto valor
Porque ele é parceiro do céu, da terra e de todo o ser
Negociando com o sol, a chuva, o frio e o calor
Pelos que partiram, ou por aqueles que estão por nascer
Pois daquilo que ganha, nenhum homem fica a perder
É o agricultor que lhes dá de comer
Deus abençoa o homem que semeia o trigo
Que nos cria o leite, a carne e a fruta
Que a sua bolsa nunca fique devoluta
Que o seu coração seja justo, para nosso abrigo
Que o seu gado e milho possam sempre florir
Pois, abençoadas a semente que das suas mãos deixou cair
Por isso ou aquilo, ou todo ou que foi, ou possa vir a ser
É o agricultor que a todos tem de dar de comer.
Tradução adaptada do poema de Emelia Barr.
“The Farmer”
Álvaro Manuel Pacheco Teixeira
2018 Ribeira Grande