O Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, entende a união de esforços que aconteceu entre várias entidades para a realização do Dia Nacional da Agricultura que pode funcionar como exemplo "para aquilo que são as preocupações no futuro da agricultura". Nomeadamente as verbas do próximo Quadro Comunitário de Apoio e que Jorge Rita entende ser necessário "inverter" com base nas indicações já conhecidas em termos de orçamento. Uma pressão que deve ser exercida junto de Bruxelas em conjunto, tal como foi organizado o Dia Nacional da Agricultura. Um evento pedagógico que contou com a presença de escolas de toda a ilha que também têm a responsabilidade de falar sobre a importância da agricultura no dia-a-dia.

Satisfeito com a presença de mais de quatro mil crianças de escolas de toda a ilha de São Miguel estava o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, que se congratulou com a união de esforços para levar a cabo um evento dessa natureza.

As comemorações do Dia Nacional da Agricultura no Mercado Agrícola de Santana foram organizadas pela Associação Agrícola de São Miguel, em colaboração com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e com o apoio do Governo Regional que já no ano passado também se associou à iniciativa. Este foi o ponto de partida para o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel extrapolar as parcerias necessárias a outros níveis. "Esta união de esforços e esta comunhão pode ser um exemplo para as preocupações da agricultura no futuro", explicou Jorge Rita que acrescentou que só assim é possível à Região fazer-se ouvir em Bruxelas.

"Que a produção, a indústria, os eurodeputados, os deputados, as confederações e o Estado-membro unam esforços na pressão que é preciso fazer na União Europeia para inverter as verbas que foram anunciadas para o próximo Quadro Comunitário de Apoio", explicou Jorge Rita.

O Presidente da Associação Agrícola de São Miguel entende "que a paixão dos Agricultores Açorianos na sua atividade é uma realidade, por isso, a agricultura potencia outros setores económicos na Região Autónoma dos Açores. Todos temos de olhar para os Açores de uma forma diferente, do que é a agricultura no contexto nacional e no contexto europeu, explicou.

Referindo-se ao Dia Nacional da Agricultura, Jorge Rita caracterizou o setor como "resistente e resiliente", servindo estas iniciativas para mostrar "o que é a nossa agricultura e reconhecer que trabalhar a terra é uma vida extremamente difícil".

O Dia Nacional da Agricultura decorreu sob o lema "cuidar e cultivar para todos alimentar", que Jorge Rita entende que "deveria ser interiorizado em todos os açorianos.  Somos uma terra agrícola, temos um potencial excecional de produção", apesar de reconhecer que só parte das crianças presentes no evento poderão vir a ser empresários agrícolas.

Mas com um evento pedagógico e colorido, o objetivo também passava por fazer com que "nas escolas cada vez mais se fale na importância que a agricultura tem no nosso dia-a-dia, não da forma negativa que muitas vezes se transmite. Mas fazer exatamente o contrário, fazer com que se enalteça a parte positiva da agricultura". Algo que o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel acredita ter sido conseguido dada a presença e envolvência de muitas crianças na comemoração do Dia Nacional da Agricultura.