“A Agricultura esteve, está e estará sempre na base da economia dos Açores” | Agricultor 2000


Alonso Miguel, Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, foi um dos integrantes do workshop em representação do Governo Regional, na sua intervenção, relembrou a resiliência do setor agrícola que mesmo em tempos difíceis, como estes de pandemia "a agricultura foi sempre o pilar da nossa atividade económica, (…) nunca parou, especialmente ao nível de produção leiteira e apesar da pecuária ser apontada como uma das causas de emissão de efeito estufa, esta atividade em tempos pandémicos foi o principal motor da nossa economia". Neste contexto, o Secretário deu-nos a saber que o Governo Regional em conjunto com a SRAAC (Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas), pretende desenvolver uma estratégia que permita uma relação profícua e simbiótica entre a agricultura e o ambiente, para que se possa desenvolver a agricultura regional garantindo uma sustentabilidade ambiental. Neste sentido, a região deve estar na linha da frente na mitigação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas,  e já estão a ser adaptadas estratégias pelo governo para esta nova realidade, tais como o projeto Life IP Climaz, que "começou no inicio de janeiro e irá garantir um instrumento global na região de cerca de 19 milhões de euros, financiados 60% pela U.E e inclui também a cooperação de diversas entidades, incluindo a Cooperativa União Agrícola.

Segundo Alonso Miguel, "estão previstos três projetos no âmbito do Life IP Climaz, o primeiro será desenvolvido em conjunto com a Cooperativa União Agrícola, passa pela tentativa de criação de uma solução alimentar que contribua para a redução das emissões de metano, resultantes da digestão do gado, é um projeto piloto que inclui a incrementação de algas marinhas na alimentação do gado bovino, que impedem a formação de metano no estômago dos animais", explicou. Quanto ao segundo projeto, este terá também o apoio da Cooperativa União Agrícola e trata-se de "um projeto para desenvolvimento de pastagens biodiversas, um ensaio em pastagens resilientes aos fatores ambientais e com maior adaptabilidade às variações climáticas, o que permite um aumento de produtividade sustentável e solos ricos e férteis, por fim o último projeto visa "aumentar a cobertura da monotorização do clima em explorações agrícolas privadas, instalando estações agrometeorológicas em locais onde ainda não existe cobertura meteorológica, em zonas agrícolas geridas também pela Cooperativa União Agrícola".

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