Vendedores e consumidores elogiam excelentes condições do novo mercado agrícola de Santana | Agricultor 2000


O recém inaugurado mercado agrícola de Santana tem tido cada vez mais afluência de público que vai conhecer o espaço e aproveita para comprar também os vários artigos expostos. O espaço divide-se em três secções: venda de animais; venda de produtos hortícolas, plantas e sementes; e um espaço comercial para venda de produtos lácteos e artesanato. Os vendedores elogiam as excelentes condições do novo mercado agrícola e os consumidores admitem ir mais vezes ao novo mercado que "tem condições excelentes".

O mercado agrícola de Santana está aberto às quintas feiras

Inaugurado no início de Fevereiro, o novo mercado agrícola de Santana já é considerado uma boa aposta quer para quem vende quer para quem compra na tradicional feira de Santana.

O novo espaço veio substituir a venda ao ar livre que decorria semanalmente também às quintas feiras, mas que não tinham qualquer condições para os vendedores nem para os compradores. O novo mercado agrícola surge numa área total de 2.200 metros quadrados, sendo que 1.200 metros quadrados são de área coberta.

O espaço divide-se em três áreas distintas e devidamente definidas, que contemplam a venda de animais com todas as condições de higiene; a venda de produtos hortícolas, plantas e sementes; bem como um espaço comercial para venda de produtos lácteos e artesanato. Os locais para venda apresentam-se com todas as condições higio-sanitárias de uma feira tradicional, com os espaços cobertos e bancas próprias para os vendedores que, em zonas distintas, podem agora expor os seus produtos com condições melhoradas.

Entretanto, os vendedores que se mudaram para o novo mercado agrícola de Santana elogiam o local que lhes permite ter agora condições mais dignas de trabalho.

Na secção de venda de produtos hortícolas e frutícolas, Eduardo Soares é um dos vendedores que elogia as melhores condições que têm agora para trabalhar. Já há alguns anos que se dirigia semanalmente à feira de Santana e por isso consegue eleger as "melhores condições" que tem agora para expor os seus produtos. "As melhorias são sem dúvida ao nível das infraestruturas para os vendedores e para os próprios clientes. Sentimo-nos aqui mais à vontade porque no outro lado não havia nada disto e havia uma mistura dos animais com os produtos hortícolas o que não fazia muito sentido".

Para Eduardo Soares "a Associação Agrícola de São Miguel está de parabéns e nós, vendedores, agradecemos à Associação que apostou neste espaço porque foi uma boa aposta". No entanto, uma vez que as condições foram substancialmente melhoradas, o vendedor acredita que "há que divulgar mais o espaço e se calhar abrir mais vezes, em vez de ser só à quinta feira", refere.

Quanto à afluência de público, Eduardo Soares diz que tem notado algum aumento da procura do novo mercado agrícola de Santana, também devido às novas condições.

Na banca ao lado, Maria da Conceição diz que já vende semanalmente na feira de Santana "quase há seis anos" e diz que no anterior recinto da feira "era muito pior do que aqui porque as condições aqui são boas, têm muita limpeza", explica.

Com os produtos expostos de maneira apelativa, Maria da Conceição diz que "só o vento é que incomoda um pouco, mas faz parte", revela ao acrescentar que não é isso que faz afastar os clientes do novo espaço, já que muitos vão ali para ver o local recentemente inaugurado.

Quanto às vendas, Maria da Conceição diz que "há semanas que se vende melhor, outras que se vende menos. Mas aqui está muito melhor", revela ao acrescentar que no recinto antigo "penso que aparecia mais gente porque a lavoura também estava mais ou menos junto e agora está separada. Às vezes os lavradores passavam por nós e iam comprando alguma coisa. Agora, só se precisarem de alguma coisa é que passam por aqui".

Com produção própria, António Medeiros Alves também já é vendedor na feira de Santana há dois ou três anos e admite que o novo espaço "está melhor, mesmo ao nível da limpeza. Aqui há outro respeito e se chove não nos molhamos". Até a mercadoria "fica com outra graça", devido aos novos locais de exposição disponíveis.

É por isso que António Medeiros Alves diz que "é de louvar a Deus quem engenhou esta obra que tem muito valor", referindo mesmo que até para quem estranha não poder levar o carro para junto da venda para ser mais fácil transportar os artigos adquiridos "informo as pessoas que temos aqui uns carrinhos da casa que podem levar até aos seus carros com os produtos".

Também Manuel Lopes que está desempregado aderiu ao novo espaço e refere que "alguma produção que tenha, venho aqui vender porque é preciso pagar as despesas da casa". Manuel Lopes diz que também já costumava fazer o mesmo no antigo espaço e salienta que "aqui agora está bom, o espaço está belíssimo". Mas Manuel Lopes refere que além das quintas feiras, o mercado de Santana "devia abrir também ao sábado, sempre era bom para as pessoas e para nós também, porque se vendia mais já que ao sábado as pessoas sempre estão mais disponíveis para vir aqui", refere.

Já na secção de venda de animais, Ricardo Rego Silva diz que já há muitos anos que é vendedor assíduo na feira de Santana. O novo espaço "está muito melhor do que estava antes lá fora", embora reconheça que ainda se está a acostumar às novas regras e costumes do novo espaço. "É muita coisa que ainda não se conhece bem, lá fora já conhecíamos o espaço e tudo. Mas faz-se o negócio à mesma porque tem aparecido gente, não é tanto porque lá fora parece-me que aparecia mais", disse. Com três cabras para vender, Ricardo Rego Silva explicou que os animais ficam um pouco mais distantes do público que "não pode mexer neles, mas os negócios vão-se fazendo", remata.

Numa outra vertente, o cesteiro Gilberto Róia tem os produtos de vimes expostos para quem quiser comprar. Diz que era vendedor assíduo na feira de Santana até há cerca de um ano. Agora, com o novo espaço resolveu regressar a Santana pelas boas condições que proporciona aos vendedores. É por isso que também trouxe a esposa, Lúcia Soares, que explica que "para o outro lado eu nunca vinha e o meu marido vinha sempre sozinho, mas aqui já posso vir com ele porque o espaço é melhor e tem casas de banho e tudo".

O casal diz que "está melhor agora, tem boas condições, está tudo muito bem arranjado e é abrigado para quem vende e para quem compra". Dizem que o negócio tem dias bons e dias menos bons mas desde que estão presentes no novo espaço "não nos podemos queixar" e os vimes tradicionais de Água de Pau têm sido admirados e adquiridos por locais que geralmente ali vão para conhecer o novo espaço.

É o caso de Maria de Lurdes Almeida que aproveitou um dia de folga da filha para ir conhecer o novo espaço do mercado agrícola de Santana. Afirma que já conhecia o anterior espaço mas que "não era muito confortável e estava tudo muito junto, até com os carros que estavam estacionados". Por isso diz que quando tiver possibilidade irá voltar, até porque diz que os preços praticados são bastante apelativos.

Este também foi o caso de Jorge Alberto que visitou o espaço pela primeira vez e foi com o intuito de comprar alguns animais de pequeno porte. Diz que não viu nenhum animal que lhe agradasse mas ficou encantado com o novo investimento da Associação Agrícola de São Miguel e também prometeu voltar.

Com alguns sacos já nas mãos, Luísa Ferreira veio com o marido ao mercado de Santana. O marido estava a observar os animais enquanto ela fez as compras de hortícolas e até comprou "uns plantios de flores". Diz que espaço "está muito agradável e tem uma coisa fundamental que são as casas de banho, principalmente para as senhoras que agora também já podem vir sem receios". Mas Luísa Ferreira diz que nem sempre consegue vir ás quintas feiras e por isso acredita que seria melhor abrir o mercado também aos sábados. Diz que "todos iam ganhar. Os vendedores se calhar conseguiam fazer mais negócio e quem vem comprar podia fazê-lo com outra calma", conclui.

O novo mercado agrícola de Santana está aberto todas as quintas-feiras no recinto da Associação Agrícola de São Miguel, mesmo em frente ao local onde anteriormente se realizava a feira.