Fábrica de Rações Santana
A Nutrição ao Serviço da Lavoura
Há 14 anos que Jorge Rita é Presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, CRL, e o facto de ter elevado a Cooperativa a uma das maiores e melhores cooperativas nacionais, levou-o a ser eleito "Gestor do Ano" pela revista "100 Maiores Empresas dos Açores 2015".
Com um volume anual de negócios de 40 milhões de euros, sem contar com o leite, e perto de 300 colaboradores, a Cooperativa União Agrícola pretende construir um centro interpretativo da agricultura em Santana, abrir um restaurante em Lisboa como forma de valorizar os produtos regionais e abrir uma escola profissional de agricultura
Aos 56 anos, Jorge Rita foi eleito "Gestor do Ano" pela revista "100 Maiores Empresas dos Açores 2015", pelo trabalho desenvolvido à frente da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, CRL há já 14 anos.
O prémio de "Gestor do Ano" atribuído pela revista "100 Maiores Empresas dos Açores em parceria com o jornal Açoriano Oriental, foi atribuído por um júri composto por oito elementos em áreas tão diversas como a docência universitária, emprego, banca, ambiente, comunicação social, consultoria, economia, gestão e empreendedorismo. O júri analisou vários critérios para atribuição do prémio, nomeadamente que se traduzem num desempenho de excelência, sendo ainda apreciados os fatores "Reputação", "Experiência", "Empreendedorismo" e o "Relacionamento Empresa/Sociedade".
O prémio de "Gestor do Ano" pretende distinguir e homenagear quem garanta o crescimento do mercado do emprego e do tecido económico, responsabilizando-se pelo destino das empresas com atividade nos Açores.
Jorge Rita, de 56 anos, é o presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola, CRL há 14 anos, tendo sido o Vice-presidente das referidas organizações entre 1999 e 2002. É também presidente da Federação Agrícola dos Açores desde 2008, cargo que já exerceu também entre 2002 e 2004.
Jorge Rita é também Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Criadores da Raça Frísia desde 2003 e vogal da direção da Confederação dos Agricultores de Portugal desde 2005. É ainda, desde 2008, Presidente da Assembleia Geral da Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural (ASDEPR).
A propósito da eleição de "Gestor do Ano", Jorge Rita explicou que o segredo para tornar a Associação Agrícola de São Miguel uma das maiores e melhores do país está no "rigor implementado ao longo dos anos e no profissionalismo dos nossos colaboradores. Não há milagres, nem segredos. Há muita dedicação, trabalho e paixão". Jorge Rita explicou que o envolvimento de todos os colaboradores como "uma autêntica família", onde todos remam para o mesmo lado, revela o sucesso da instituição que preside.
"Posso ser o responsável máximo, mas se não tiver uma boa máquina humana atrás, não conseguíamos atingir os objetivos pretendidos. Temos crescido de forma gradual e sustentada e somos considerados uma das maiores instituições do país, tendo sido já reconhecida a nível nacional como melhor organização agrícola, na área de associativismo e cooperativismo", refere Jorge Rita em entrevista à publicação que o elege "Gestor do Ano".
O Presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Cooperativa União Agrícola reconhece que a gestão da organização "é muito mais difícil do que uma empresa privada", uma vez que é necessário conciliar a gestão económica e financeira da instituição e não descurar a parte social dos cooperantes e associados, que são os agricultores. "Em tempos de crise e de dificuldades sabem que estamos sempre do lado deles", refere.
Os tempos não são fáceis e Jorge Rita revela que os problemas maiores que enfrenta a Cooperativa União Agrícola têm a ver essencialmente com a receita muito baixa dos agricultores, principalmente devido ao baixo preço de leite que tem sido praticado. "Toda a gente ouve falar de crise, mas se há alguém que suporta esta crise da lavoura, ninguém mais do que a Cooperativa União Agrícola".
Em relação ao futuro, Jorge Rita destaca que haverá o aumento da fábrica de rações para se tornar totalmente auto-suficiente em termos de armazenagem. Além disso, um dos grandes projetos da Cooperativa União Agrícola prende-se com a construção de um centro interpretativo de agricultura no recinto de Santana. Jorge Rita anuncia também a abertura de um restaurante em Lisboa, "que achamos que será essencial desde que fiquem salvaguardadas algumas situações a nível da carne, nomeadamente, melhorias ao nível do matadouro de São Miguel e dos transportes". Para o "Gestor do Ano" há ainda a intenção de instituir uma escola profissional de agricultura porque considera "fundamental haver formação nesta área, pois o conhecimento hoje é essencial para um setor que é vital na nossa economia", concluiu.
A Cooperativa União Agrícola tem um volume anual de negócios de 40 milhões de euros (sem leite) e perto de 300 funcionários, que o "Gestor do Ano" revela serem todos uma "grande família" para alavancar a empresa que é uma das maiores e melhores do país.